O que é a bulimia e como tratar este problema?

A bulimia é um transtorno alimentar que tem como sua principal característica o consumo excessivo de alimentos em um curto período de tempo junto a uma preocupação excessiva com o aumento de peso. Este comportamento leva ao surgimento de comportamentos compensatórios após as refeições para evitar o ganho de peso, como por exemplo vômitos forçados, uso de laxantes ou prática excessiva de atividade física.

Podemos dizer que esta doença é mais recorrente em mulheres jovens e, além da preocupação excessiva com o ganho de peso, a pessoa pode também ter anorexia nervosa, transtorno de borderline e transtorno depressivo maior, entre outros problemas relacionados.

Quais são os sintomas?

Entre os vários sintomas que a bulimia pode apresentar, é possível enxergar sintomas físicos, comportamentais e psicológicos, mas o principal deles é, com certeza, a compulsão alimentar.

O uso de laxantes, diuréticos e inibidores de apetite são sintomas bulímicos, assim como a prática excessiva de exercício físico, consumo de alimentos em grande quantidade de forma escondida, sentimentos de culpa e angústia após a alimentação excessiva, inflamações frequentes na região da garganta, dentes desgastados, cáries recorrentes, calosidade nas mãos, menstruação irregular, dores abdominais, inflamações no sistema gastrointestinal, entre outras características devem ser notadas em uma pessoa que possua a doença.

Quais são as complicações?

Com o avanço da doença é natural que haja complicações para a vítima. Estas complicações geralmente estão relacionadas aos comportamentos compensatórios à alimentação com uma quantidade desbalanceada de alimentos.

Entre as complicações mais conhecidas deste problema podemos citar a frequência de refluxos, feridas no estômago, desidratação, deterioração da dentição, inchaço das bochechas, prisão de ventre crônica, depressão, mudanças de humor, entre outras características.

Como a psicoterapia pode ajudar?

Neste caso o papel da psicoterapia é desenvolver técnicas para promover a adesão ao procedimento, melhorar a relação com a imagem corporal, ensinar o controle dos episódios de compulsão alimentar, aumentar a autoestima do paciente, melhorar suas relações interpessoais, ensiná-lo a lidar de com emoções intensas e modificar o sistema de crenças associadas ao desenvolvimento e manutenção dos transtornos alimentares.

Neste caso o tratamento psicológico é considerado o melhor caminho a ser seguido em questão desses quadros clínicos, em decorrência da quantidade de estudos controlados que consubstanciam as evidências dos bons resultados obtidos com esse modelo de tratamento.

As sessões de terapia devem ser realizadas no mínimo uma vez por semana e pode ser também indicada a realização de terapia de grupo, pois nessa situação outras pessoas que também possuem este problema ou que já foram tratadas podem participar e compartilhar suas experiências, promovendo empatia e estimulando o procedimento.